Anthropology / Antropologia – Portugues2019-08-23T17:13:12+00:00

ANTROPOLOGIA

Fotos e vídeo, originalmente gravado em Super-8, foram o resultado de dois meses e meio de estudo do ritual do Kwarup na tribo Kamaiurá localizada no Alto Xingú em 1975. As fotos originalmente foram feitas por Analivia e Silvio Mendes Zancheti, posteriormente fora restaudas e editadas por Analivia. Essas fotos registram pessoas em movimento na sua vida diária, nunca posando. O registro completo do ritual e seu significado podem ser lidos no texto em Escritos neste site.

Depois de seis meses de pesquisa, consegui imprimir numa folha de árvore seca imagens das fotos que fiz do ritual do Kwarup. Também criei esculturas de tronsocs de arvores primárias contrapondo com ferro de construção de casas urbanas.

Esquentando costas de manhã – De manhã faz frio. Os homens fazem uma fogueira no centro da aldeia, e aquecem o corpo ficando de costas para o fogo.

De manhã na lagoa – Eles se lavam de manhã e pegam a água para levar para as casas. 

De tarde na lagoa – As crianças tomam banho de tarde. 

Descansando de tarde – Os homens sempre descansam fora da ¨casa dos homens¨, que fica no centro da aldeia. Ao fundo podemos ver alguém caminhando para a lagoa, que fornece água para tribo.

Brincando – As crianças parecem sempre muito felizes, brincando todo o tempo e sendo tratadas com muito carinho, respeito e atenção.

Meninos em suas casas – Durante os dias de festividades quando as mulheres ficam em casa, os homem cozinham.

Descansando

Colocando a braçadeira – A braçadeira é um fio de algodão grosso, feito na própria aldeia, amarrada apertada no braço.

 Tacumã II – O chefe da tribo

 Tacumã – O chefe da tribo

Perfil I 

Perfil II 

Rosto – Para dança da kwarup, os homens se enfeitam todos os dias de tarde

O Homem mais bonito da tribo II 

O homem mais bonito da tribo I

Oca – A oca vista de dentro com uma mulher descansando na porta

Dança da Flauta Uruá IV – Nesta aldeia temos uma única casa construída com paredes de taipa, cuja técnica foi apreendida com os ¨homens brancos¨. Do lado esquerdo, podemos ver um cone de galhos, que é gaiola do gavião, animal sagrado para eles.

Dança da Flauta Uruá I – Todos os dias do Ritual do Kwarup, que durou dois meses aproximadamente, se dançou a Dança da Flauta Uruá, durante o dia todo, indo de casa em casa na aldeia.

Dança da Flauta Uruá II – Durante a dança da flauta uruá eles entram em todas casas da aldeia.

Dana da Flauta Uruá III – A menina reclusa pode dançar atrás do par de tocadores de flauta.

Apenap – O Apenap é uma cerca baixa de troncos, que delimita o espaço, localizado no centro da aldeia, onde estão enterrados os mortos ilustres que serão reverenciados no Ritual da Kwarup.

Tocadores de maracá no apenap – Os tocadores de maracá são considerados especiais, por isso eles recebem comida ¨como pagamento¨, que está nas cumbucas colocada no centro ao apenap.

Menina na Dança do Kwarup –A Dança do Kwarup se faz todos os dias do Ritual do Kwarup no final da tarde. A menina reclusa dança e uma menina pequena aprende com ela os passos corretos.

Dança do Kwarup I

Dança do Kwarup II

Dança do Kwarup III

Dança do Kwarup IV

Acampamento na pescaria II – O local do acampamento é perto do braço do rio seco. Para chegar lá viajamos duas horas de canoa e andamos três horas na floresta.

Acampamento na pescaria VII

Acampamento na pescaria VI

Acampamento na pescaria IV – No canto da foto, podemos ver os bijus, feitos toda a manhã como alimento principal.

Acampamento na pescaria V –A pescaria durou 5 dias, e no acampamento dormíamos em redes, sob o relento.

Acampamento na pescaria III – No Acampamento, podemos ver os ovos de tartaruga, que é um dos alimentos da floresta consumidos durante a pescaria.

Acampamento na pescaria I

Mãe e filha na pescaria

Mãe e filha

Descascando a árvore I – Para fazer a pescaria eles descascam a árvore. 

Descascando a árvore II – A casca é retirada deixando o tronco da árvore sem casca. 

Tacumã e outro – Tacumã, o chefe da tribo, inspeciona o trabalho

Fazendo a rede para pescaria III – Muitos homens participam da confecção da rede.

Fazendo a rede para pescaria I – As casas de árvore são trançadas com cipó para fazer uma rede.

Fazendo rede para pescaria II – As três redes de casca de árvores são muito compridas ocupando um grande espaço.

Jogando a rede no rio III – Para cobrir toda a extensão do rio, eles fazem três redes que são emendadas dentro da água. Para que a rede fique na posição vertical dentro da água, eles colocam um tronco pesado de um lado e um bambu leve do outro lado.

Jogando a rede no rio I – Um momento lindo é quando a rede é jogada no rio com todos gritando alto e felizes.

Jogando a rede no rio II

Pegando Oferenda – O ritual de todos para boa sorte na pescaria consiste em pegar mingau de biju numa cumbuca e jogar sobre a rede, correndo

Ritual de boa sorte para a pescaria – Depois que jogam a rede na água, todos participam de um ritual para desejar que muitos peixes sejam capturados na pescaria.

Reza na pescaria I – Depois de jogar a rede na água e rezar em coletivo para boa sorte, os chefes espirituais se reúnem na beira do rio, no final da tarde para fumar e colocar uma oferenda no centro do rio.

Reza na pescaria II

Retirando a oferenda – Antes de iniciar a movimentação da rede, bem cedo de manhã, um menino retira a oferenda cobrado pelos chefes espirituais do centro do rio.

Empurrando a rede I – Os homens empurram a rede em direção ao ¨braço de rio seco¨durante o dia todo. Este ritual acontece na época da seca na região.

Empurrando a rede III  – Puxando a rede nas pontas em direção ao ¨braço de rio seco¨

Empurrando a rede II – Para a rede ficar na vertical, um tronco de árvore é colocado de um lado e um bambu do outro lado. O tronco afunda e o bambu flutua, deixando a rede na posição vertical.

Empurrando a rede V

Empurrando a rede VI

Empurrando a rede IV

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Pescando I – Quando eles chegam no braço de rio seco, eles param e esperam.

Batendo a raiz de timbó na água – O chefe espiritual mergulha a raiz do timbó na água. Seu efeito é anestesiar o peixe, que sobe à tona, onde é capturado.

Saindo da água com a raiz de timbó depois de mergulhar a raiz do timbó na água, eles a retiram e esperam fazer o efeito

Pescando III

Pescando II

Pescando V – O peixe também pode ser capturado com um passagua, cuja a rede é fornecida pelos “homens brancos”. 

Pescando IV – O arpão é usado para fisgar o peixe e o pau para matá-lo.

Tocando a Flauta Uruá – Uma das tribos convidadas para festa do Kwarup, com seu chefe sentado junto com os apetrechos de viagem, como as panelas por exemplo.

Dança Ho´At – Ho´At é a dança dos convidados na festa do Kwarup, que acontece no último dia do Ritual do Kwarup.

Apresentação dos lutadores de huka-huka – Na festa do Kwarup, um dos momentos principais é a competição de luta huka-huka, cujos lutadores são inicialmente apresentados.

Luta huka-huka I – Na luta huka-huka, o adversário tem que desequilibrar o outro, sem desgrudar dele.

Luta huka-huka II – Pegar na coxa do adversário, e puxá-la é um dos golpes certeiros para vencer a luta, i.e., para desequilibrar o adversário.

Assistindo a luta huka-huka –Homens assistem a competição da luta huka-huka na festa da Kwarup.

Retirando a joelheira de menina reclusa – O último acontecimento da festa do Kwarup é apresentação da menina reclusa, que ficou dentro de casa durante um ano, aprendendo o que deve para se tornar mulher e para poder ter filhos. Nesta apresentação, retira-se a joelheira que comprime a panturrilha ou (batata da perna), tornando-a maior. Para os Kamaiurá, a panturrilha grande é um sinal de beleza.

Penteando menina reclusa –Depois de penteada o chefe apresente a menina para as tribos convidadas. Isso significa que ela está apta a casar e ter filhos. Assim se completa o ciclo da vida, comemorado no Ritual do Kwarup: depois da morte vem o nascimento de uma nova vida.

Chefe lalapiti 

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